Furacão Irene foi um furacão atlântico de
categoria 3 (Escala de furacões de Saffir-Simpson) que provocou diversos danos
a nações caribenhas antes de sua chegada em terra na Carolina do
Norte e Sul. Rumou para o norte, atingindo os estados da Virgínia, Nova
Jersey, Nova York, Massachusetts, Vermont e outros estados,
além do Canadá.
Rota do Furacão
O Irene atingiu Haiti, República
Dominicana e em Porto Rico, deixando quatro vítimas. Em 25 de agosto,
chegou às Bahamas com categoria três. Ao meio-dia do dia 27, o
furacão chegou aos estados americanos da Carolina do Norte e Carolina do
Sul. Depois, rumou para o estado da Virgínia.
O presidente americano Barack Obama e o
prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, ordenaram evacuação imediata da
cidade de Nova York e de Nova Jersey. Mais de 370 mil pessoas deixaram suas
casas. Os aeroportos e o transporte da cidade foram fechados. Mais de 12 mil
voos foram cancelados na Costa Leste dos EUA.
O Irene atingiu Nova Jersey. Em Fairfield,
cerca de 20 casas perto do rio Passaic ficaram cobertas por até 1,5 metros de
água. Vários moradores saíram de lá com água pelo peito ou por meio de botes.
Na manhã de 28 de agosto, o furacão Irene chegou
à Nova York com ventos de 104 km/h, alagando algumas ruas da Baixa
Manhattan e derrubando a energia elétrica. O olho do furacão tocou a
terra, próximo a Coney Island. Havia cerca de 30 centímetros de água na
região. Os fortes ventos e chuvas forçaram o fechamento de três pontes que
levam à península de Rockaways. Seis pessoas morreram na cidade. Apesar disso,
Nova York escapou quase ilesa da tempestade.
Após a passagem pela cidade, o Irene, que foi
rebaixado a tempestade tropical, rumou para Massachussetts a uma velocidade de
40 km/h. Atingiu o estado de Vermont, provocando inundações históricas, sendo a
pior das últimas décadas. Logo depois, na madrugada de 29 de agosto, chegou à
área de Quebec, no Canadá. Em Montreal, as chuvas foram intensas e os
ventos chegaram a 65 km/h. Logo depois, a tempestade se dissipou.
Consequências
Na Flórida, um surfista morreu após ser derrubado
de sua prancha em New Smyrna Beach. Na Carolina do Sul, duas pessoas morreram.
Uma após sofrer um acidente de carro por conta do mau tempo e outra em
consequência de ataque cardíaco enquanto pregava tábuas para proteger sua casa
da tempestade. No Condado de Nash, outra pessoa morreu quando um galho de
uma árvore o atingiu. Na Virgínia, as autoridades confirmaram a morte de duas
pessoas. Muitas outras mortes foram confirmadas.
Cerca de 5,5 milhões de pessoas ficaram sem
eletricidade em vários estados da Costa Leste. Em Nova York, por volta de 80
mil consumidores ficaram sem energia elétrica. O Irene deixou um prejuízo de
US$ 11 bilhões. Porém, o total poderá chegar a US$ 20 bilhões, já que muitos
desses danos podem não estar cobertos por seguros, visto que as apólices para
moradias geralmente não cobrem inundações.
Barack Obama disse: “Vai demorar para que nos
recuperemos de uma tempestade dessa magnitude”. “Os efeitos ainda estão sendo
sentidos em grande parte do país, inclusive na Nova Inglaterra e em Estados
como Vermont, onde houve enormes inundações. Vou assegurar que a Fema (Agência
Federação de Gerenciamento de Emergências) e outras agências façam de tudo ao
seu alcance para ajudar as pessoas no terreno.”
Obama ainda lembrou que, sem a evacuação em Nova
York, teria sido pior, pois, quando o Furacão Katrina atingiu os
Estados Unidos, o ex-presidente George W. Bush foi muito criticado
pela demora ao socorro às vítimas. Agora, a pré-candidata na eleição
presidencial de 2012, Michelle Bachmann, fez uma piada de gosto duvidoso.
Disse que o terremoto e o furacão que atingiram a Costa Leste na mesma semana
eram a maneira que Deus tinha encontrado para alertar os políticos de que é
preciso cortar gastos e conter o aumento da dívida dos Estados Unidos. “Eu não
sei o que Deus precisa fazer para chamar a atenção dos políticos”, disse
Michelle. Ela tentou se desculpar posteriormente, mas não escapou dos ataques
da imprensa americana.