O Instituto de Pesquisas Tecnológicas
(IPT) está desenvolvendo uma pesquisa de caráter interdisciplinar para
viabilizar a recuperação de áreas degradadas pela atividade de mineração de
agregados para a construção civil – pedra, areia e calcário –, utilizando de
forma integrada os conceitos de bioengenharia de solos e serviços ambientais.
A marca inovadora do projeto é a
aplicação de técnicas de bioengenharia de solos na recuperação de áreas
degradadas pela atividade de mineração e na geração de serviços ambientais.
“Essas técnicas são normalmente
empregadas na recuperação de rodovias e margens de rios, mas seu uso para
recuperar áreas degradadas por mineração é inédito”, afirma Amarilis Gallardo,
pesquisadora do IPT e coordenadora dos trabalhos.
O principal alvo do projeto são 250
terrenos localizados na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), que já não
têm mais atividade econômica. Mas a metodologia a ser criada beneficiará
também, no futuro, outras áreas que atualmente estão produzindo agregados.
Recuperação sustentável
Na prática, a aplicação de técnicas
de bioengenharia de solos significa que as áreas não serão recuperadas apenas
com o plantio de espécies convencionalmente usadas, como gramíneas e
eucaliptos. “Em vez de espécies exóticas, daremos preferência a espécies
nativas, priorizando o uso de espécies mais comuns”, afirma a pesquisadora
Caroline Souza, da Seção de Sustentabilidade de Recursos Florestais do IPT.
O projeto pretende proporcionar uma
abordagem mais sustentável para a atividade de mineração. O método a ser
desenvolvido poderá ser aplicado em contextos minerários similares, em
diferentes regiões do País, e com estudos e adaptações posteriores, também para
outras atividades mineradoras.
O estudo conta com orçamento compartilhado entre as instituições
participantes, como do próprio IPT, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado
de São Paulo (FAPESP) e da Companhia Vale, que prevê um investimento total de
até R$ 40 milhões para o desenvolvimento de pesquisas científicas e
tecnológicas nas áreas de mineração, energia, ecoeficiência, biodiversidade e
produtos ferrosos para siderurgia.Fonte: http://exame.abril.com.br/economia/meio-ambiente-e-energia/noticias/metodo-inovador-podera-recuperar-areas-degradadas-por-mineracao
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