Como cada mensagem
do Twitter pode ter no máximo 140 caracteres, fica difícil incluir
links de sites - que chegam a ter 80 caracteres. Por isso, a maioria das
pessoas usa os chamados encurtadores de URLs, serviços que deixam os links
muito menores. Eles são superpráticos, mas também têm um lado que quase ninguém
conhece: dependem de países distantes, muitas vezes envolvidos com ditaduras e
golpes de Estado. Os links do bit.ly, que é o encurtador mais
usado da internet, passam pela Líbia - que é a dona de todos os endereços
terminados em .ly (e até recentemente era considerada um país terrorista pelos
EUA). Já o encurtador go.to, que parece tão tecnológico e sucinto,
aluga seu endereço eletrônico de Togo - nação africana com uma história de caos
político. E o serviço brasileiro migre.me está ligado a Montenegro, um
micropaís de 625 mil habitantes que foi bombardeado nas guerras dos Bálcãs e só
declarou independência em 2006. Os donos dos encurtadores de links dizem que
não veem problemas em alugar seus endereços, mas a prática tem riscos: o
bit.ly, que é gerenciado nos EUA, tem sido pressionado pelo ditador Muamar
Kadafi, que está ameaçando tirar o endereço do ar se a empresa não se mudar
para a Líbia.
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